intersectionA estreia do “Saturday Night Live” na noite deste domingo (27), na RedeTV!, foi boa, ruim, inteligente, besteirol, original, cópia e assim por diante.
O programa se apresentou, no início, como um dos melhores humorísticos da televisão. O primeiro bloco, quase totalmente focado em Rafinha Bastos, que deu um básico show de stand-up em frente às câmeras, foi sensacional, engraçado e genial.
Rafinha não poupou ninguém, nem as mulheres dos donos da RedeTV!, Daniela Albuquerque e Luciana Gimenez, que têm programas no canal.
Falou de Ronaldo, Preta Gil e corinthiano. Zoou o “Zorra Total” e a entrevista de Xuxa. Deu uma aula de comédia. Um show de stand-up. Até o merchan, no final do primeiro bloco, tinha piada. O público gostou, prova disso foi que a emissora estava chegando aos 2 pontos de audiência e começaria a brigar por posições. Começaria.
Se viu, no primeiro bloco – e tão somente no primeiro bloco – uma versão melhorada do excelente "Agora é Tarde" (Band).
Mas aí veio o segundo bloco. Uma tragédia. Não se sabe bem ao certo no que se transformou o “Saturday Night Live” depois do primeiro intervalo comercial.
O que se viu foi um programa sem roteiro, cheio de vídeos ruins, piadas extremamente sem graça e Rafinha Bastos quase não apareceu. A impressão que se teve é que o intervalo comercial separou dois programas totalmente diferentes. A audiência respondeu, como já era de se esperar, e a RedeTV! praticamente zerou no Ibope.
Se viu uma versão piorada do "Comédia MTV".
Tem que mudar. O programa tem que ser mais focado em Rafinha Bastos. Para dar certo, é ele quem deve aparecer. Se querem tanto – e precisam disso, pois o "SNL" é um formato fechado e já consolidado – rodar VTs com piadas, que ao menos sejam engraçadas e tomem uma pequena parte do programa.
O “Saturday Night Live” chamou atenção por apresentar os dois extremos de um programa humorístico. Contou a piada boa e a piada ruim. Fez sorrir e fez chorar. Confuso, o "SNL ficou devendo.
O Ibope acendeu e apagou. E isso não é bom.
por Breno Cunha via Na Telinha